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Avaliador de imóveis

Este blogue pretende, de uma forma simples, esclarecer as questões sobre avaliação de imóveis, máquinas ou de equipamentos, e, ao mesmo tempo, revelar o dia a dia de um avaliador de imóveis!

Ferramentas de análise de sensibilidade ou de risco


No imobiliário, uma análise de sensibilidade é recomendadaquando o valor de um ativo pode variar em função do comportamento de váriasvariáveis independentes, que comportam alguns fatores de risco.

Estamos a falar, por exemplo, em variações da taxa de juro,da taxa de inflação ou da atividade económica, que podem ter influênciadecisiva no VAL ou na TIR de um investimento.

Assim, justifica-se a atenção dos avaliadores a estaproblemática.

O Microsoft Excel apresenta-nos algumas ferramentas que nospodem ser muito úteis, permitindo-nos, por exemplo, estudar a variação do VALda TIR em função da wacc (Tabela de Dados)  ou, de uma forma mais  simples, qual o valor da wacc de torna o VALnulo (Atingir objetivo).



Para uma melhor compreensão desta ferramenta aconselhamos aleitura do artigo 

Para os avaliadores mais exigentes é aconselhável a análisede risco recorrendo à Simulação de Monte Carlo, através de um addin para oExcel, de propriedade da Oracle, chamado Crystal Ball.




Permite estudar qual o impacto que tem na variável queestamos a estudar, seja ela, o VAL, TIR ou outra, as milhares de combinaçõespossíveis existentes nas variáveis independentes do nosso estudo. Este addinpode ser instalado, gratuitamente, por um período de 30 dias, podendo ser feitoo “download” em

A Estatística e a avaliação de património


Já afirmamos num “post” anterior, quandoabordamos o critério de Chauvenet, da necessidade, no método comparativo demercado, de fazer a homogeneização e validação das amostras.

Para a validação das amostras, além dautilização do critério de Chauvenet, podemos recorrer às medidas de dispersãoda estatística descritiva: amplitude inter-quartis (AIQ), quartis e “outliers”.



Assim sendo, são considerados “outliers”severos e devem ser banidos, os elementos da amostra que se situem para lá deQ3 + 3 x AIQ ou Q1 – 3 x AIQ.

São considerados “outliers” moderados e aamostra deve ser estudada com e sem a sua presença, os elementos que estejam depoisde Q3 + 1,5 x AIQ ou Q1 – 1,5 x AIQ.

Este estudo só deve ser feito após a homogeneizaçãoda amostra, por forma a que todos os elementos possam ser comparáveis.

Área metropolitana de Lisboa


Apresentamos, no quadro seguinte, com origem na “newsletter”imobiliária Confidencial Imobiliário, um resumo dos valores de ofertaresidencial, em euros e por metro quadrado, dos concelhos da Área Metropolitanade Lisboa, a norte do rio Tejo.

Os preços a seguir mencionados reportam-se ao quartotrimestre de 2010 e quarto trimestre de 2011, respetivamente.


Estatística de oferta residencial (valor de oferta / m2)

Percentil 25
Média
Percentil 75
Percentil 25
Média
Percentil 75

2010
2011
2010
2011
2010
2011
(2011 versus 2020)
Lisboa
2.059
1.915
2.655
2.533
3.071
2.959
-7,5%
-4,8%
-3,8%
Cascais
1.637
1.563
2.187
2.127
2.500
2.464
-4,7%
-2,8%
-1,5%
Oeiras
1.650
1.529
2.093
1.966
2.438
2.308
-7,9%
-6,5%
-5,6%
Amadora
1.321
1.254
1.654
1.577
1.929
1.845
-5,3%
-4,9%
-4,6%
Loures
1.362
1.261
1.656
1.559
1.906
1.802
-8,0%
-6,2%
-5,8%
Odivelas
1.313
1.211
1.604
1.510
1.846
1.777
-8,4%
-6,2%
-3,9%
Mafra
1.114
1.062
1.389
1.342
1.603
1.558
-4,9%
-3,5%
-2,9%
Sintra
1.095
1.000
1.401
1.299
1.536
1.440
-9,5%
-7,9%
-6,7%
V F. Xira
1.116
1.039
1.336
1.260
1.515
1.445
-7,4%
-6,0%
-4,8%










Média

-7,1%
-5,4%
-4,4%
Mediana






-7,5%
-6,0%
-4,6%

(Fonte: Confidencial Imobiliário)

A variação no valor da oferta é mais acentuada no produto demenor valor. De facto, no “Percentil 25” é onde se verificam as maioresdescidas, que vão sendo menores à medida que aumenta o “Percentil”. Estasdescidas não serão imunes à crise económica que se faz sentir, nomeadamente nosestratos mais desfavorecidos da população.

Também é nas localidades orientadas para os segmentos demercado baixo, médio/baixo, que se verificam as maiores descidas. Em sentidocontrário, as zonas de segmentos alto e médio alto (Lisboa) e de segmento médio(cascais e Oiras) têm menores descidas.

Ainda não é possível incluir nesta estatística os custossociais e económicos das medidas de austeridade, que só se verificarão em 2012e 2013. Presumivelmente, com o aumento significativo do índice de desempregomuitos imóveis ficarão devolutos e serão entregues à banca.

A banca, por sua vez, fará tudo por tudo para os retirar dasua carteira, por forma a minimizar os impactos das imparidades nos seusbalanços. Necessariamente, baixando o valor dos imóveis para os poder escoar,substituindo-se às empresas de mediação imobiliária.

Será que daqui a um ano, quando repetirmos esta análise, as diferençasentre os vários segmentos de mercado não serão ainda mais substanciais?

A teimosia de Rui Rio


Reza a estória da reabilitação e revitalização urbana dacidade do Porto que esta não teria começado se não fosse a habitual teimosia doautarca da cidade.

Por alturas do XV Governo Constitucional de Portugal, JoséManuel  Durão Barroso comoPrimeiro-Ministro e Manuela Ferreira Leite como Ministra das Finanças receberiamtelefonemas, dia sim, dia não, de Rui Rio, a alertar para a necessidade delegislar para ser possível a reabilitação urbana de zonas históricas e das áreascriticas  de recuperação e reconversãourbanística (ACRRU) da autarquia.

A muito custo surgiu o Decreto-Lei nº 104/2004, de 07.05,que funcionou como arranque de toda a reabilitação urbana, fenómeno hojetransversal a todo o país.

Este decreto permitiu a criação das sociedades dereabilitação urbana (SRU´s), empresas municipais, que agilizam o processoatravés da definição de unidades de intervenção (UI), com os seus documentosestratégicos. As UI, em regra, correspondem a quarteirões.

   Quarteirão das Cardosas - Porto (Fotografia gentilmente cedida pelo Arquiteto Silvano Rego)

Tendo sido uma legislação desenvolvida num curto lapso detempo, tem algumas lacunas que se pretenderam resolvidas através de um novoDecreto-Lei, o n.º 307/09 de 23.10.

A legislação atrás referida, em complemento com o PlanoDiretor Municipal da cidade do Porto (nomeadamente os artigos 80º a 84º)  e o Sistema de Informação Multi-critério dacidade do Porto (SIM-Porto), constituem os baluartes da reabilitação,regeneração e revitalização da baixa e centro histórico.

Tem aspetos inovadores, que podem ser replicados noutras circunstânciase lugares, de que destacamos a possibilidade de concessão de direitos deconstrução.

Sucintamente, quem recuperar imóveis dentro da ACRRU temdireitos acrescidos de construção na periferia.

É uma forma inteligente de convidar os privados a investiremdo centro da cidade.

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