Este blogue pretende, de uma forma simples, esclarecer as questões sobre avaliação de imóveis, máquinas ou de equipamentos, e, ao mesmo tempo, revelar o dia a dia de um avaliador de imóveis!
A sugestão de leitura de férias de hoje leva-nos para a avaliação de prédios rústicos.
Aconselhamos vivamente a leitura da tese “Análise comparativa entre o presumível valor de mercado
de prédios rústicos e o valor obtido pelo “Método do Rendimento” – Estudo de caso”, de Cristina Maria Gomes Domingues, construída na dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Agronómica, com orientação do Doutor Francisco Ramos Lopes Gomes da Silva, no Instituto Superior de Agronomia.
“Resumo
O presente trabalho aborda o universo das Avaliações de Prédios Rústicos, com recurso e explicações sobre as metodologias mais utilizadas para a determinação do valor dos prédios. Após uma introdução teórica são utilizados os métodos “Comparativo ou de Mercado” e o “Método do Rendimento” aplicados a um estudo de caso, circunscrito ao Concelho de Reguengos de Monsaraz, e aplicados no caso da Vinha e dos Terrenos para culturasde Sequeiro Extensivas. […]”
A nossa sugestão de fériaspara hoje vai para o Dr. Camilo Lourenço.
Porquê?
No programa da TVI “Contas naTV” falou de um seminário em Valongo em que, além de ter resolvido o problemade sobre-endividamento de uma telespectadora, afirmou que teve conhecimento de umprédio em que duas frações tinham tido valores de IMI totalmente diferentes(valores patrimoniais tributáveis, julgamos nós).
No raciocínio que desenvolveuchegou rapidamente à conclusão que tal tinha acontecido porque as frações foramavaliadas por peritos diferentes, com critérios diferentes.
Nós não duvidamos que o casoseja real, duvidamos sim da razão, que só pode ser uma: engano de um dosperitos avaliadores.
É que os critérios são de talmodo apertados que num mesmo imóvel uma fração com vista para o mar, num sétimoandar, tem o mesmo valor de uma fração no rés-do-chão, com vista para osparalelos da rua!
De facto, existem critérios oficiaisque sendo aplicados corretamente, sem enganos, levam a avaliações exatamenteiguais (assumindo que as frações teriam as mesmas áreas brutas privativas edependentes).
Sugerimos então, em nome dorigor, ao Dr. Camilo Lourenço a leiturado documento “Manual de Avaliação de Prédios Urbanos”, da Direção do Serviço deAvaliações do Ministério das Finanças, que pode descarregar no “link”, e também a leitura dos nossos artigos:
Trata-se de uma dissertaçãosubmetida ao Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa paracumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre emContabilidade e Gestão das Instituições Financeiras de PatríciaAndreia Oliveira Jordão, realizada sob a orientação científica de Doutora SóniaMargarida Ricardo Bentes, intitulada “Fundos de Investimento Imobiliário”.
Apesar de eventualmente conter alguns dados desatualizados, emfunção dos vários orçamentos de estado, explica de uma forma muito clara o que são os FII.
Agosto é o mês de férias, porexcelência, dos portugueses. Não será o caso do nosso blogue, que continuará,comosempre, as suas publicações.
No entanto este ano procuraremosparticipar numa das principais atividades de quem está de férias, que é acolocação da leitura em dia. Vamos, então, sugerir diversos estudos que achamosimportantes no âmbito da avaliação imobiliária e patrimonial.
O tema sugerido para hoje é adepreciação de imóveis e a sua estimativa.
Normalmente é um tema deixado umpouco ao sabor da experiência e da sensibilidade do avaliador, o que sendoimportante não é determinante.
O documento que apresentamos, como título “Avaliação imobiliária e a sua relação com a depreciação dos edifícios”,da autoria de António José de Sousa Pereira, realizada no âmbito do Mestrado Integrado em Engenharia Civil - 2012/2013 - Departamento de Engenharia Civil, Faculdade deEngenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2013, é muito interessante porque nos explica de forma clarae transparente como a depreciação deve ser estimada.